Terapia por ondas de choque ou Ortotripsia
Tudo que você precisa saber!
Trata-se de uma nova modalidade de tratamento para pessoas com problemas musculoesqueléticos como tendinites, bursites, epicondilites, esporão de calcâneo, fascite plantar, síndromes miofasciais, dentre outros. Também ajuda no fechamento de úlceras de pele e, dependendo do aparelho, na consolidação de fraturas.
O tratamento não é invasivo. Não há nenhum tipo de sangramento visível. Não há cicatriz. É totalmente ambulatorial. Na sala de tratamento, a pessoa pode ficar sentada ou deitada, dependendo da região a ser tratada. O equipamento será acoplado diretamente na área do corpo a ser tratada e em seguida se iniciará a emissão das ondas de choque. A aplicação pode ser dolorosa, mas é rápida. A sensação não parece nada com choque e sim com o de uma britadeira. A dor depende da intensidade do estímulo, que pode ser controlado pelo médico, do local da aplicação e da tolerância de cada um.
Os efeitos causados pelas Ondas de Choque se iniciam imediatamente e provocam reações nos tecidos por cerca de 3 meses. Assim, a dor pode melhorar após 1 ou 2 semanas, mas o resultado final só é considerado após 3 meses do término do tratamento.
Importante: Nos casos onde os tratamentos tradicionais fracassam, o Tratamento por Ondas de Choque obtém uma porcentagem de sucesso de 70 a 80% e, por isso, pode evitar a necessidade de uma cirurgia.
Se você quiser saber melhor como ela funciona, continue. As ondas de choque são um tipo de energia mecânica (como ondas de pressão). Essa energia provoca:
- Microrupturas no tecido lesado, fato que determina aumento de fatores de crescimento no local, remodelamento e neoformação de arteríolas com consequente aumento de oxigenação local e aumento do processo de regeneração tecidual (processo de cura).
- Aumento da atividade de mastócitos, que aumentam a produção de substâncias pró-inflamatórias e consequente aumento da inflamação local, restaurando o processo normal de regeneração.
- Estimulação da produção de colágeno e faz com que as fibras novas de colágeno se localizem de forma longitudinal nos tendões, tornando-os mais densos e firmes.
- Dissolução de depósitos de cálcio nos tendões.
- Dispersão de substância P, que é uma substância mediadora de dor.
- Redução do espasmo em pontos gatilho de dor miofascial.
Importante: Esse tratamento já é reconhecido como eficaz no mundo todo. Infelizmente, no Brasil, ainda não está no rol de procedimentos de cobertura obrigatória pelos convênios. Apesar de sua cobertura não ser obrigatória vários convênios já o estão cobrindo. Se tiver dúvidas, fale conosco.
Autor: Dra Claudia Barata Ribeiro – CRMDF 9396